Para ler: Cidades de Papel (John Green)






Margo Roth Spiegelman, moradora de Orlando (terra do Mickey Mouse) faz parte da turma dos ‘descolados’ da escola, está no último ano do Ensino Médio (o nosso equivalente brasileiro) e está MUITO brava. Ela descobriu que sua amiga Becca está dormindo com seu namorado Jase. 

Na mesma noite, Margo veste-se toda de preto e bate na janela de Q. (ou Quentin), chamando-o para uma aventura e “acerto de contas”. Eles são vizinhos e costumavam ser melhores amigos quando tinham 10 anos, até porque descobriram juntos o corpo de um suicida no parque perto de suas casas.



 “A cidade era de papel, mas as memórias, não. Todas as coisas que eu tinha feito ali, todo o amor, a pena, a compaixão, a violência e o desprezo estavam aflorando em mim."

Margo, na época, disse que os fios dentro do homem haviam se arrebentado, para explicar a sua morte. 8 anos depois, Margo e Q. não são mais amigos. Eles pertencem a mundos diferentes, com Q. fazendo parte do grupo de deslocados da escola, junto com Radar e Bem, seus únicos amigos atualmente.


A tal noite envolvendo peixe podre, pixações, invasão ao Sea World e pintinho pequeno era tudo o que não cabia na vida certinha de Q., que é acostumado com a rotina e o tédio da sua vida. Estar com Margo e ajudá-la em sua vingança pessoal, deixou o garoto mais vivo, e por isso, ao chegar às 5 da manhã em casa, ele acha que a partir de então as coisas estarão melhores entre eles. Ele apenas não contava que Margo desaparecesse do mapa, deixando pistas para trás, e o medo de Quentin é que ela tenha resolvido também arrebentar os seus próprios fios.
 “Eu queria que o desaparecimento de Margo tivesse causado alguma mudança em mim, mas na verdade eu não mudei nada."

Margo é uma personagem sensacional e mesmo sumindo no livro, a sua presença nas lembranças de Q. e na forma como os amigos achavam que ela era, é constante. Cada um criou uma própria Margo para si, mas quem era a garota de verdade? Inconformada com a vida, cidades e amigos, Margo acha tudo superficial, de papel. Nossa, sinceramente, eu entendi completamente como a personagem se sentia, e acho que foi um dos melhores construídos por John até hoje. Q. é o típico nerd que deveria ser o protagonista (acho que a Margo roubou a cena, rs), mas não é tão chato como Colin (de O Teorema Katherine). Os seus amigos Ben e Radar são leais e também roubam a cena.

Além da amizade, o livro trata tanto sobre a vida, sobre momentos...os personagens estão próximos de sua formatura e é impossível não ficar nostálgico. A busca por Margo com certeza marca a vida de todos, que terão muitas histórias para contar. As pistas deixadas por ela, seus discos, poemas e tudo o mais, tem uma sensibilidade incrível, além de Jonh utilizar-se delas para criar as suas metáforas. Sensacional! Apesar de ser John Green e esperar algo maravilhoso, me surpreendi mais uma vez, pois me vi conectada com os personagens de uma maneira que não achava que iria acontecer, principalmente com Margo. E o título e o motivo dele são simplesmente geniais. Parem tudo para ler ‘Cidades de Papel’, é sério! 


Título: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
N° de Páginas: 368
Skoob


Comentários

  1. Oi! Pode dar uma passadinha no meu blog nessa quarta feira (18/09) ? Ele já vai estar prontinho e queremos pessoas nos assistindo www.vlogdasgarotas.blogspot.com.br

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